segunda-feira, 24 de maio de 2010

Empreendedorismo e Universidade - Onde foi que eu errei?


As aulas de cálculo da UFV servem pra muita coisa! Muita coisa mesmo, eu estou falando sério! Servem pra dormir, servem pra pensar na vida, servem pra te fazer amadurecer estudando sozinho... E servem também pra ouvir algumas coisas que fazem bastante sentido.

Certa vez estava eu numa aula de cálculo numérico tentando prestar atenção mas sofrendo do mal pós RU (soooono) mas uma observação pertinente da professora Valéria me fez acordar e pensar muito. Ela falou sobre Isaac Newton. Segundo ela: "... se Newton tivesse estudado na UFV não teria feito metade das descobertas que fez... Ele não teria tempo para pensar na física das coisas com prova de 5 ou 6 disciplinas pra fazer, trabalho, estágio, iniciação científica, etc etc"

Depois de ouvir isso acordei e fiquei pensando no assunto. Sou filho de 2 professores e sempre convivi com conversas sobre educação na mesa do almoço. Cresci vendo as dificuldades de vários níveis educacionais (principalmente sobre ensino básico e universitário). Em que parte da educação eu passei a ser só um "repetidor" do que me era ensinado?

Obviamente não estou dizendo que nós, alunos da UFV, ralamos mais que grandes gênios da ciência. Por favor ?! O foco da questão é mostrar que o que fazemos na universidade toma tanto tempo que não conseguimos parar e raciocinar de verdade sobre o que e porque fazemos algumas coisas.

O ensino da forma que é concebido hoje não estimula a criatividade, a inovação e o trabalho em equipe. Estimula sim a repetição, a "receita de bolo" e, quando é possível, o trabalho em grupo. Pra mim a grande diferença entre grupo e equipe é que trabalhando em equipe você não estará contente a não ser que esteja com os melhores junto de você enquanto no grupo qualquer pessoa serve.

A questão que eu gostaria de saber como responder é: O que pode ser feito para que o ensino crie mais empreendedores? Onde é que isso tudo começa a ficar divergente? Ao meu ver um grande passo é dado dentro das universidades através do movimento de empresas juniores mas cabe a cada pessoa desenvolver seu perfil e suas habilidades.

Abraços
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1) Esse post foi motivado pelo texto da Caterina Fake (não, ela não é "fake" Francisco) que pode ser visto aqui:
http://www.businessinsider.com/caterina-fake-want-to-be-an-entrepreneur-drop-out-of-college-2010-4
e pelo vídeo postado no twitter do Gabriel Chequer :
http://www.youtube.com/watch?v=l8u27KE2gvs

2) Tive de parar no meio da criação desse post "graças" à prova de cálculo 3... ¬¬

3) Mãe, não desespera! Não vou abandonar a universidade faltando tão pouco...

2 comentários:

  1. O problema começa lá em cima.. Lembra quando aquele professor me disse que concordava que a carga de disciplinas da UFV era pesada, mas que não botava 4,5 anos (ou mais) pra Computação porque "na UFMG era 4 anos, então a gente tambem tem que ser"?

    Enquanto o pensamento for esse, a gente não vai passar de meros decoradores de fórmula.

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  2. "Mãe, não desespera! Não vou abandonar a universidade faltando tão pouco..."
    depende, se esse pouco for uns 2 ou 3 anos, talvez vale a pena mudar de planos... xD

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