quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Diário de um intercambista - Parte III

Querido Diário, querido não que querido é coisa de boiola, blogzim dos atoas,


Nem sei se eu posso chamar isso de diário ainda, não estou escrevendo todo dia, por isso vou fazer um resumo das coisas que tem acontecido por aqui, vou mudar o nome.

Querido Caderninho de anotações,

Ainda continua gay, mas ta valendo...

Nesse post vou colocar algumas fotos, só para ilustrar mesmo... A galera ainda não descarregou todas as maquinas aqui, então nem tem tanta foto...



To trabalhando muito pouco no Subway, tenho que arrumar outro emprego, pois não estou trabalhando o tanto que achava que iria trabalhar. Primeiros dias de trabalho foram cansativos, minha bunda dói de tanto andar de bike... Odeio andar de bike... Sedentário & Hiperativo sempre!!!!

Trabalhando 5 horas por dia, achei que o maior problema seria ficar em pé o tempo todo, mas eu não contava com a astucia dos indianos... Para ninguém ficar sentado e trabalhar o tempo todo (já que eles pagam por hora) eles fazem tudo um pouco mais alto, as mesas, a pia e tudo mais, ou seja, perfeito pra mim!!! Serio mesmo, fica tudo em altura perfeita para eu escorar e ficar meio sentado, impressionante. O difícil mesmo está sendo preparar os sanduiches bonitinhos. Quem me conhece sabe o quanto eu sou desastrado, e fazer os sanduiches tem sido uma tarefa muito complicada pra mim (valorizo de mais quem tem o dom de preparar comida, já falei com minha mãe, se ela soubesse preparar o prato o mesmo tanto que ela sabe cozinhar ela seria milionária!!!), mas nada que um pouco de treino não melhore. Ontem mesmo já foi muito melhor.

O engraçado tem sido o inglês dos indianos, eles realmente falam uma linguagem diferente. O inglês deles é tipo português de goiano, sei lá, um monte de “RRR”. Tipo, eles não falam “chicken strip”, eles falam “chicken strrrrrrrip”, tem hora que não entendo bolhufas. Os indianos são um capitulo a parte dessa historia, depois escrevo um pouquinho mais sobre eles.

Vamos falar sobre a boate, “Vision Nigth Club” o nome do lugar (descobrimos ontem que não poderíamos ter escolhido um lugar pior, mas ta valendo), muito estranho o lugar, U$10,00 e tudo liberado... Tipo Viçosa eu estava pensando, mas é bastante diferente. Como o Marquim fala: os americanos só não gostam de trocar fluidos. Serio mesmo, é putaria de mais isso aqui, o cara encoxa a mulher e ela rebola e o caralho a quatro. Ficam no maior esfrega, depois cada um vai pro seu canto, parece que não gosta de trepar. Muito estranho, galera aqui não gosta de beijar, as mulheres fazem um cu doce danado.




Na real, eu acho que eu achei estranho por que ninguém fez isso comigo se tivesse feito eu tinha gostado.

Mas continuando, a boate tinha 3 ambientes (só descobrimos isso no outro dia ao ver uma propaganda dela na TV, detalhe que nossa TV só pega 1 canal e o canal é mexicano, mó merda), mas ficamos em 1 só, no meio da pista de dança tinha tipo um palco que as mulheres subiam para dançar, outra coisa que é putaria de mais, as mulheres rebolando na cara dos neguim e pode tudo, só não pode tocar. Teve uma hora que subiu uma cavalona bunduda, sei lá, deveria ser jamaicana (aqui tem gente do mundo todo, menos americanos), e começou a rebolar de um jeito que eu nunca tinha visto, tipo mulher melancia, saca? Ela começou a dançar e a galera começava a dar dinheiro pra ela dançar perto deles, tipo strip, só que sem tirar a roupa... Do nada um cara chega, enfia a mão de baixo do vestido dela, para colocar a grana na calcinha dela e tava tudo ok. E a mina nem ficou com o dinheiro, depois mais tarde ela pegou toda a grana que arrecadou e jogou pra cima pra quem pegar, no meio da pista de dança.



Perdi a chance de cumprir meu objetivo já na primeira festa que pego... Que bom, se não ia ficar sem objetivo a viagem, e sem objetivo ela fica sem objetividade, sabe como é... Te falar que nem foi só essa chance que perdi na festa, embichei na festa, me senti igual ao MentaBoy (zuera cara, você agora é um menino bom!!!), a festa estava estranha ai eu olho para o lado e tava lá um argentina linda com cara de assustada, vou lá puxar papo, fiquei de papo por quase 1 hora e não peguei... E não foi um fora não, não peguei por que não cheguei (claro que poderia ter levado um fora, mas não foi o caso, não dessa vez...), ai fica complicado, não fica? Sei lá não consegui introduzir um assunto que me levasse a um feliz termino de papo. Mereci apanhar... Serio mesmo, pedi pro Marquim me bater, quando a parada é assim a gente merece apanhar... Marquim de Viçosa que o diga... Tem que apanhar para aprender que toda vez que vacilar assim vai sentir não só arrependimento no final da noite como uma pequena (ou grande, dependendo de quem vai te bater) dor... Tipo adestrando rato a fazer o que se quer. Mas faz parte. Fico feliz em dizer ao pessoal da republica que já peguei uma americana!!! O objetivo não foi concluído mas está caminhando. O resto eu conto pra galera depois, acho que já falei mais do que devia, minha mãe vai ler isso aqui também (mãe te amo!!! Parabéns!!! Ela fez aniversário ontem) e é melhor eu ficar na minha.

Conhecemos uns brasileiros de Floripa e Blumenau, inclusive foi por causa deles que fomos para a boate a cima e em uma resenha na casa deles que eu peguei a americana, galera gente boa, meio marrentos, mas gente fina. Tem um lá que já é a quarta temporada que vem pra Naples, os caras vem com objetivo de ficar 8 ou 9 meses, vem pra cá sem emprego e arrumam na cara dura, e ainda arrumam empregos que ganham mais que a gente, eu to ganhando 9 dolares por hora (fica 7,25 depois dos impostos), eles estão ganhando 14 dolares, 21 em horas extras, e trabalham muito mais horas que a gente. Esses devem conseguir voltar com grana, sem contar que eles gastam muito menos que a gente com a casa, a nossa ta muito cara, mas não temos opção, já pagamos 300 pela casa e é dos nossos chefes... foda...

Sem contar que eles tem a manha de tudo, onde tem cada coisa e tal. Eles alugam carro muito mais barato que o normal (preciso descolar algo com eles para ir passar o natal na casa do meu tio. Fui reservar um carro para alugar por 4 dias(peguei 2 dias de folga pós natal) e quase chorei quando vi o preço do aluguel do carro mais tosco,349 dolares, se for assim nem sei se vai rolar de ir de carro visitar meu tio, devemos ir de ônibus ou se tudo der errado nem ir... As meninas conheceram uma brasileira que tem carro mas não dirige, vamos ver se alugamos dela também.

Me falaram que o aluguel de carro era barato, mas não é tããããããooo barato assim, deve compensar quando todo mundo tirar folga junto, tipo em um domingo, já que o ônibus aqui é uma merda e é tudo muito longe. Completou 1 semana que estou aqui e não fui na praia até hoje por causa da distancia.

Acho que por hoje ta bom de coisas, depois conto mais.

Resultado Parcial: 5% concluído. (Não me perguntem qual o meu critério para isso, nem eu sei... to cansado de saber que as metas devem ser mensuráveis mas continuo fazendo elas de uma forma que eu não consigo controlar corretamente) e quase nenhuma grana no bolso. To quase chegando no zero para saber o quanto eu tenho como diz o Marquim de Viçosa :P

PS: Natal vou pra Fort Pierce pra casa do meu tio, passar o natal com a familia não tem preço!!!

sábado, 19 de dezembro de 2009

Diário de um intercambista - Parte II

Querido Diário, querido não que querido é coisa de boiola, diário modafoka,


Depois de postar ontem fomos pegar o ônibus para o escritório do Seguro Social(vou chamar isso de SS pra não me encher mais o saco hoje :P) pegar nosso Social Security Number, algo como um CPF daqui, demoramos a sair por que demorei para postar e as meninas resolveram olhar todos os recados no Orkut...

Ficamos 1 hora no ponto de ônibus no sol de meio dia... Legal de mais!!!! Linhas de ônibus nos estados unidos são o “ó do borogodó”!!! Muito poucas linhas e muito escassas só tem um ônibus para cada linha, ou seja, se perder o ônibus que tem que pegar você terá que esperar o motorista fazer todo o seu percurso para depois te pegar no ponto, uma merda... Fora que só tem ônibus até as 6h da tarde, depois disso ou se anda de taxi ou a pé. Beleza, pegamos o ônibus até o SS foi até engraçado, assim que entramos no ônibus tinha uma brasileira saindo e já lançou, sem a gente nem falar nada: “Olha os brasileiros ai!!!”. Marina ficou bolada de como a mulher adivinhou que a gente era brasileiro, deve ser fácil pra eles, nossas roupas devem ser estranhas, estávamos querendo entrar no ônibus antes mesmo dela sair e todo mundo aqui é muito respeitoso em relação a isso, deve ter umas 5000 formas dela perceber, mas a Marina não se contentou com nenhuma resposta, ficou os 30 minutos no ônibus se indagando quanto a isso. Paciência...

O ônibus não tinha só coisas ruins tinha uma coisa que é interessante de mais que os ônibus tem lugares para se colocar a bicicleta na frente, como aqui tudo é plano é relativamente comum se andar de bike, não tão comum como andar de carro, mas ta valendo.

Outra coisa legal foi constatar que as mulheres gostam mesmo de homens de uniforme, nem que esse uniforme seja de motorista de ônibus, uma senhora, provavelmente mais velha que a minha mãe, foi cantando o motorista a viagem toda, ponto pra mim que vou estar usando um uniforme nada sexy do Subway.

Chegamos ao SS e fomos bem recebidos por um policial, que foi simpático o tempo todo, emprestou caneta a nós 4(Marquim, Marina, Julia e eu, novamente nessa historia), prancheta pra escrever e tudo mais, fui atendido por um atendente que ficou todo feliz quando viu meu nome( Luiz Paulo Coelho Ferreira) querendo saber se eu tinha um parentesco com o escritor Paulo Coelho, pra infelicidade dele não tenho( pelo menos não que eu saiba), tudo certo, em até 4 semanas devo receber o tal Social Security Number, se não receber tenho que voltar lá.

Depois disso fomos para um Outlet ali perto, olhar os preços somente, passeamos, comemos uma pizza no Pizza Hut e voltamos para casa, infelismente perdemos o pôr do sol na praia, as linhas de ônibus daqui são realmente muito ruins.

Antes de chegar a casa resolvemos passar no Publix, um supermercado que umas meninas de Viçosa estão trabalhando, mas não gostamos da pouca variedade de coisas e fomos para o Wal-Mart mesmo, que ficava bem em frente desse outro, não encontrei com as meninas, mas também existem zilhões de Publix em Naples e não faço idéia de qual elas estão, uma hora a gente tromba com elas. Compramos umas coisas pra casa, enchemos 1 carrinho e a conta ficou em U$32,00, dividindo tudo ficou muito barato.

Voltamos para casa, todo mundo já estava em casa quase, exceto a Claudia com a noticia que o Ken passaria as 9:30 da manhã do dia seguinte para nos pegar.

Ficamos de papo até tarde e vendo a Marina lavar parte da casa enquanto eu comia um delicioso macarrão feito pela Simone em parceria com o Diogo.

Fui dormir e acordei 8:00 com um misto quente preparado pelo Marquim, estou gostando dessa paradinha de todo mundo preparar comida pra mim, Mãe, pode se preparar que seu filho vai voltar uma bolinha maior ainda... Acho que vou adotar o visual 3G, dizem que 3G ta na moda né?

As 9:40 o indiano aparece aqui em casa para nos mostrar o caminho do nosso trabalho, vou trabalhar em 3 Subways diferentes, dependendo de quem ta com o dia de folga, eu e o Marquim, vamos fazer trainamento mais tarde, as 3h. Ele nos contou que direto alguém faz o caminho errado e se perde, então ele vai fazer a gente ir por conta própria e nos seguir para ver se a gente consegue chegar por nossa conta. É engraçado por que tudo aqui é muito fácil de se localizar, mas beleza, depois a gente confirma isso ou não.

Marquim e eu compramos nossas bicicletas hoje, cada vez menos dinheiro, se continuar nesse ritmo eu to fudido, vou passar fome( hehehehehe), bom que emagreço!!!

A loja mais distante de vamos trabalhar fica a 4 milhas mais ou menos de onde estamos, pouco mais de 5 km, vamos andar de bike pra cima e pra baixo... Pelo menos um exercício físico.

Primeiro dia de emprego vai ser dureza, ficar vendo um vídeo de um indiano explicando devagarzinho como funcionam as coisas no Subway... São 25 videos, saco nenhum, mas faz parte. Já quase decorei o nome de tudo, vamos ver se consigo entender o que o pessoal fala.

Hoje vamos a uma festa que as menina arrumaram aqui com uns brasileiros, preferia que fosse com americanos, até por causa do objetivo da viagem, mas bom também... Aqui tudo acaba muito cedo, 2h da manhã ta todo mundo dormindo já. A festa vai ser U$10,00 com tudo incluso, mas se chegar muito tarde do trabalho nem devo ir, vamos ver como vai ser.

Resultado do dia: Objetivo ainda não concluído e longe de ser, parei de contar quando eu gastei publicamente, vou ficar com vergonha daqui a pouco, mas dinheiro ta sobrando não, tenho que me segurar até receber o primeiro pagamento, que nem sei quando sai...

PS.: Acabou que eu fui na festinha e já trabalhei 2 dias, amanhã eu falo dela, to escrevendo quando tenho tempo e postando quando eu posso vir em uma loja usar o pc da Simone, um pouco incomum... mas é isso ai... Brasil!!!

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Parabéns Comigo!

Hoje o nosso morador mais redondo e simpático (segundo a minha mãe) faz anos! Parabéns Bolão!

Falando nele. ta rolando um bolão aqui em casa pra saber quanto tempo ele ainda vive! Atualmente com 23 anos eu acho que ele pára nos 27! E vocês? hauhauhau
Quem sabe se ele se livrar da No Bugs ele vive mais!

Sacanagem Bola... Felicidades pra você cara! Tudo de bom Ceempre sempre!

Obs: Aguardamos ansiosos pela grade de cerveja!

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Diário de um intercambista - Parte I

Querido Diário, querido não que querido é coisa de boiola, diário bombadão,

Hoje estou escrevendo pela primeira vez dos estados unidos... Grandes bostas hehehe

Saímos de BH ruma a Confins às 20h de segunda-feira e ficamos lá até meia noite para embarcarmos (Marquim, meu primo, e eu) para a nossa nova aventura (que coisa de bicha). Chegamos cedo ao aeroporto (3h antes do horário marcado para levantar vôo) e consegui trocar minha poltrona para uma poltrona na frente da saída de emergência, com isso fui com as pernas folgadas (meu maior medo de andar de avião havia acabado), foram 8 horas de uma viagem tranqüila de BH até Miami, não dava para prever a merda que ainda iria acontecer naquele dia.
Passamos tranquilamente pela imigração e ainda conhecemos 2 meninas que iriam morar na mesma casa que a gente, Marina e Julia, assim que chegássemos em Miami deveríamos ligar para os nossos empregadores para saber como proceder, ligamos para todos os números que eles passaram e, ou eu sou muito burro, ou eles desligam os telefones para durmir, afinal não eram nem 6h da manhã, resultado: não conseguimos falar com nenhum deles. Sabendo que o horário do ônibus para Naples era 7:20, e vendo a hora passar, resolvemos ir por nossa conta até a estação de ônibus, qualquer pessoa normal pegaria um taxi, mas por algum motivo que eu não sei explicar(talvez o medo de gastar dinheiro exagerado em um taxi) fomos de ônibus, descobrimos a duras penas que aqui nos EUA não existe troco nos ônibus, se você pagou o ônibus que custa U$2,00 com nota de U$100,00 você doou U$98,00 para o motorista, andamos 5 minutos no ônibus e chegamos ao nosso ponto de parada, nós 4( Marquim, Marina, Julia e eu) gastamos 9 dólares no ônibus e gastaríamos 10 em um taxi. Detalhe que a motorista tinha uma cara de cu natural, impressionante a falta de paciência que ela tinha conosco.
Depois de comprar minha passagem para Naples, quando Marquim vai comprar a dele, reparamos que o exxxxperto do meu primo esqueceu a mochila dele no ônibus, com todos os seus documentos, incluindo o passaporte, é mole?

Ai começa o meu dilema, tentei trocar minha passagem mas não obtive sucesso, então perde-se os 31 dolares da passagem e ajuda o primo ou ele fez a cagada então ele se vira? Embarquei no ônibus, foda-se ele...


Não consegui... Ao entrar no ônibus avisei as meninas: Vou ficar... Sai, tirei minha mala do compartimento de carga e fui ajuda-lo (Relaxa pai, depois o Marquim ficou com dó de mim e pagou essa passagem :P), que já estava sendo ajudado por uma senhora da Nicarágua e um garoto de Porto Rico, ligamos para a policia e apareceu um guarda (com a mesma cara de cu que a motorista do ônibus), na hora eu pensei, estamos fudidos, o cara parecia desconfiado da gente, parecia que era algum tipo de golpe de imigrante, sei lá, começei a ficar com raiva de todos os americanos. Depois de meia hora chutando qual ônibus a gente pegou e o horário que ele deveria ter saído do ponto inicial eles conseguiram achar a mochila, graças a Deus (aposto que isso tem dedo da minha avó, ela é brother do cara lá de cima), no final o policial estava mais tranqüilo, até fazendo piadinhas, agora era só esperar o ônibus passar novamente no ponto para a motorista parar e devolver a mochila ao exxxxperto do Marquim, mole pra nós, Miami, praia, sol... Eu disse sol? Pra que? Começou a chover... E lá vamos nós esperarmos o ônibus na chuva, depois de quase 1 hora esperando pegamos a mochila de volta e “surprise surprise” a motorista foi simpática!!! Começou a passar minha raiva por americanos hehehe

Pegaríamos o próximo ônibus para Naples as 11:35 da manhã, enquanto esperávamos o ônibus chegar trocamos de roupa e ficamos de papo com os 2 ajudantes anteriores e com 1 americano e uma canadense e um brasileiro, esse ultimo era de Blumenau e tinha acabado de chegar nos EUA assim como nós, todos muito gente boa, a canadense inclusive dava pro Zuzu dar uns pegas, tinha 59 anos mas com corpinho de 40, do jeito que o garoto gosta.

O americano tinha um iPhone, meu sonho de consumo, e perguntei o preço que ele pagou... U$7,00... Isso mesmo, sete doletas, praticamente ganhou o telefone e paga U$100,00 por mês para ter ligações ilimitadas. Inclusive parece que todos os americanos tem ligações ilimitadas, todo mundo oferece o telefone para você, foi assim inclusive que conhecemos o nosso próximo amigo.


Ao chegarmos em Naples conseguimos falar com o nosso empregador, graças a ajuda de um motorista haitiano de taxi que nós ajudou emprestando o celular e anotando o endereço, aqui nos EUA ninguém fala inglês, todo mundo fala uma linguagem própria, chega a ser engraçado... O taxista nos trouxe dando um monte de dicas de Naples, falando dos lugares que a gente pode sair para arrumar mulher bonita, como ficar nos EUA ilegalmente, indicando até uma casa de umas brasileiras que ele tinha levado em casa mais cedo para a gente bater na porta e oferecer alguma coisa, que a casa inclusive é a casa que nós estamos e as meninas que o taxista se referia eram as 2 lá do começo da história, Marina e Julia, o cara virou nosso brother, peguei o cartão dele para ligar se precisar, gente boa ele.

Encontramos com as 2 no Subway e ficamos um bom tempo sentados esperando alguém chegar para nos dizer o que fazer, bem mais tarde, bem mais tarde mesmo aparece o Ken, não, não é aquele da Barbie e sim um indiano feio pra porra que fica esperando a gente falar o tempo todo, mesmo quando não temos mais o que falar... O cara queria colocar o Marquim em uma casa e eu em outra, quase desistimos, mas conversamos com ele e conseguimos ficar no mesmo local, só que agora na casa vai dormir três homens em um quarto de duas pessoas e uma mulher em um quarto de duas pessoas, sorte minha que o Diogo, o outro cara do quarto, tinha um colchão inflável.

Ai estava tudo resolvido, trouxemos as roupas para casa e fomos passear pela cidade.

A cidade é muito linda, ninguém anda a pé, só de carro, tudo muito organizadinho, muito bonito mesmo.

Fomos ao Wal-Mart, impressionante como as coisas aqui são baratas, compramos um monte de coisa e a conta não passou de U$15,00... Isso a minha conta e do meu primo junto, talvez esse monte não seja uma montanha, está mais para uma lombada, mas realmente foi barato...

Temos que voltar lá hoje para comprar bicicletas, aqui não existem morros, tudo é plano, plano e longe... Ou andamos de carro (fora de cogitação devido ao orçamento escasso) ou vamos de bike.

Voltamos para casa e o pessoal foi chegando devagar depois das 9 horas da noite, primeiro a Patricia, depois o Diogo, depois a Simone e a Claudia (a única não brasileira na casa, uma peruana muito simpática) juntas. O Diogo estava voltando de uma carga horária de 12 horas de serviço, ou seja, não vou precisar de um “second job”, vai dar para trabalhar muito durante a semana, apesar de que se alguém quiser um gigoló na região de Naples liga aqui para casa, Marquim ta a disposição... Brincadeira Jojo to cuidando bem do seu namorado!!!

Hoje a nossa única obrigação é ir ao escritório do Social Security, e depois a gente faz o que quiser, acho que vamos a praia ver o por do sol, dar uma rodada na cidade, tenho que comprar a bike, um travesseiro e produtos de limpeza.

Provavelmente só começaremos a trabalhar na quinta, então hoje vamos aproveitar mais a cidade. Não sei onde vou trabalhar, por que na cidade existem 14 subways, cada brasileiro parece ir para um diferente. Subways são todos pequenos, nos maiores precisam no máximo de 5 funcionários, diferentemente de outras redes de fast food.

Quando eu vim para a cidade eu tive que dar um caô na minha família, falando que estava vindo para trabalhar, para recuperar o dinheiro investido, para aprender inglês e todas aquelas baboseiras que a gente fala para os pais, mas agora que estou aqui posso falar sem retaliações eu só tenho um objetivo na viagem, filmar uma americana fazendo “peito-lelê” para nós e mandar pro pessoal da república.

Resultado parcial: Objetivo ainda não alcançado e menos 370 dolares na conta...

PS.: Ahh já ia me esquecendo, na casa é só gatinha, uma melhor do que a outra, depois eu posto fotos hehehe

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Como "surgiram"os moradores da Republica

Essas imagens podem ser chocantes, mas eh a verdade
veja como cada morador da republica (menos eu) foram formados
nao, nao foi uma suruba entre pai e mae
foi assim...............